YEMANJÁ
Yemojà (yorubá) signfica filha do peixe. Iemanjá no Batuque, dividade das águas salgadas, dos mares e oceanos, orixa que gera o movimento das águas e protetora da vida. Deusa da pérola, protetora dos pescadores e marinheiros. Senhora dos lares, que traz paz e harmonia para toda a família. Considerada a orixá do pensamento. Por este motivo que recorremos a ela para solucionar problemas de depressão e de instabilidade emocional. ::
Enquanto Oxum está mais presente na energia de fecunidade, Yemanjá tem sua força na vida (manutenção e consciência).
Yemanjá é a décima primeira Orixá do Orumalé. Deusa dos Mares, Yemanjá é a Dona dos Pensamentos. Assim como Oxum e Oxalá, faz parte dos Orixás de Coroa.Yemanjá é um dos Orixás mais conhecidos no Brasil.Dona da Clareza, Yemanjá é um Orixá de Mel mas também de muita força. É como o mar, quando sua fúria é invocada as ondas atingem que estiver por perto sem pena. Impera no âmbito familiar, de unir todos, estar sempre ás voltas da casa. Muito intempestivos, seus filhos não possuem a calma da Mãe. Geralmente são muito bravos, querem impor sua escolha e dominar as situações
.A mulher que tem Iemanjá de frente tem muita sensualidade,e é mais sensível, mais carismática, como também tem alta sensitividade. A mulher que tem ela de frente, essa mulher será altamente sensual, forte, determinada, intuitiva.
Quando dão uma pancada é como a pancada do mar: A pessoa nunca sabe onde vai rebentar. Não gostam de anarquias, brigas.
. IEMANJÁ é feroz, é mista. Personalidade forte. É sereia. Nas grandes famílias, há sempre um filho de Iemanjá, pronto a envolver-se com os problemas de todos, e gosta tanto disso que pode revelar-se um excelente psicólogo. Fisicamente, os filhos de Iemanjá tendem à obesidade, ou a uma certa desarmonia no corpo. São extrovertidos e sabem sempre tudo (mesmo que não saibam). As filhas de Iemanjá são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (Omulú). São possessivas e muito ciumentas. São pessoas muito voluntariosas e que tomam os problemas dos outros como se fossem seus. São pessoas fortes, rigorosas e decididas. Gostam de viver em ambientes confortáveis com certo luxo e requinte. São incapazes de guardar um segredo. Costumam exagerar nas suas verdades (para não dizer que mentem) e fazem uso de chantagens emocionais e afectivas. São pessoas que dão grande importância aos seus filhos, mantendo com eles os conceitos de respeito e hierarquia sempre muito claros.O Filho de Iemanjá é empreendedor, ativo, um pouco sovina. Sonha com grandes progressos, embora, às vezes, de forma ingênua, não tenha idéia de proporção, exagerado em suas aspirações. Raramente toma atitudes agressivas, excetuando-se, naturalmente, no plano familiar. De temperamento dócil, sereno, pode também agitar-se por qualquer motivo. Dificilmente consegue esquecer uma ofensa recebida e custa muito a depositar novamente confiança em quem haja lhe ferido ou magoado. A mulher que é Filha de Iemanjá tem no marido e filhos seu principal objetivo. Costuma ser muito exigente com os filhos, mas perdoa todas as suas faltas, não raramente, escondendo-as, para que as crianças não sejam punidas por mestres ou pais. Como uma fera, briga com quem quer que se interponha entre os filhos e o lar. Também costuma ser desconfiada e não raro inferniza a vida do companheiro com ciúmes doentios. Se necessário, ombreia-se com o marido para fazer frente às dificuldades da vida, dando tudo de si. Nunca deixa de fazer o que lhe pedem, embora tenha uma grande tendência a reclamar de tudo. É empreendedora e ativa, vaidosa e coquete, gosta de adornos discretos e caros. Os Filhos de Iemanjá são profundamente emotivos, razão pela qual são chamados de chorões.
As Qualidades de Yemanjá
- Olo-bomí - na África é mulher de Obatalá;
- Bomi - ligada a Jobokun e Orunmilà;
- Bocí - ligada a Obokun
- Na Nação de Cabinda;
- 1. Boci - A mais jovem - Rege as partes rasas das aguas A Orixá apesar de muito maternal, é muito vaidosa. Gosta de coisas luxuosas e seus filhos e filhas Quando solicitada propicia favores inestimáveis por ser a Dona do Pensamento. Sabe punir mas também sabe recompensar.
- 2. Bomi - Rege o alto mar Yemanjá não tolera erros e suas punições são grandes sem volta e sem perdão. Fazer com que ela se revolte é grave pois ela sabe o poder que tem. Pois como se costuma dizer dentro da Religião, depois que o mel azeda não existe forma para voltar a ser o que era. A maior característica de Yemanjá é ser remosa, tudo deve ser no tempo dela e o que ela permitir..Os serviços mais comuns feitos para Yemanjá são prosperidade,proteção, saúde abafamentos e adoçamentos. Também quando se quer que alguém fique com a pessoa em pensamento se faz um Axé para Yemanjá. .A forma de saudarmos Yemanjá é OMI ODO. O dia da semana de Yemanjá é a sexta-feira. Suas cores são respectivamente: Yemanjá Bocí é o azul claro, Yemanjá Bomí é o azul escuro ,Nanã Borocum - Dona da origem da vida, não há culto direto a Nanã Borocum na nação cabinda, por este motivo, ela , como uma qualidade velha de Yemanjá.Ela impera no pensamento e o pior erro é chamar um filho de Yemanjá de louco.
- Yemanjá tem como seu adjunto geralmente Oxalá, mas em alguns casos pode ser Odé.
A oferenda (frente) para Yemanjá leva canjica branca cozida, 4, 8, 16 (e seus múltiplos) cocadas, mel e 8 borrifadas de perfume. Nos Ilês é comum se ter também o Ecó (condensador de energias) de Yemanjá que leva uma flor branca, mel, água, uma moeda prateada e 8 borrifadas de perfume. O Ecó é feito semanalmente.
O Assentamento de Yemanjá leva âncora, leme, navio, jóias de prata, pérolas, caramujo, cavalo-marinho, estrela-do-mar, remo, conchas, conchas de madrepérola, espelho, saudação (OMIODO)
No Brasil a Iemanjá foi atribuída a tarefa da manutenção das cabeças, em especial no procedimento do Bori tornando-se a Iyá Ori ("Mãe das Cabeças"), a cerca disso R. Prandi nos explica: "Ajàlá está esquecido no Brasil, tendo sido substituído por Iemanjá, a dona das cabeças, a quem se canta, no xirê, quando os iniciados tocam a cabeça com as mãos para lembrar esse domínio, e na cerimônia de sacrifício à cabeça (Bori), rito que precede a iniciação daquela pessoa".[79]
S. Epega defende o culto de Iemanjá como Iyá Ori justificando o porquê dessa atribuição, ela relata:
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- "Quando Yemoja veio do orun [mundo ancestral] para o aiye [planeta Terra], ao chegar descobriu que cada Òrìsà já tinha seu domínio na terra dos homens, e nada havia sobrado para ela. Queixou-se a Olodumare [deus criador], que disse a ela ser seu dever cuidar da casa de seu marido Obàtálá [rei das roupas brancas], de sua comida, de sua roupa, de seus filhos. Yemoja se revoltou. Ela não tinha vindo do Orun para oaiye para ser dona de casa e doméstica. E tanto falou, tanto reclamou, que Obàtálá foi ficando perturbado, até que finalmente enlouqueceu. Ao ver seu marido[nb 11] nesse estado, Yemoja pensou na atitude que Olodumare iria ter com ela quando chegasse do Orun. E procurou os melhores frutos, o óleo mais claro e encorpado, o peixe mais fresco, o iyan mais bem pilado, um arroz bem branco, os maiores pombos brancos, o obi mais novo, o melhor atare, ekuru acabado de cozinhar, ori muito bom, os igbin mais claros, orógbó macio, água muito fria, e com isso tratou a cabeça de Obàtálá. Ele foi melhorando com os ebós, e um dia ficou completamente curado. Olodumare chegou do Orun para visitar Obàtálá. Falou à Yemoja que havia visto tudo o que acontecera, e deu-lhe os parabéns por ter curado tão bem a cabeça de seu marido. Dali para frente, Yemoja iria ajudar os homens que fizessem más escolhas de ori [destino, força vital], a melhorar suas cabeças, com uma oferenda determinada pelo oráculo de Ifá, através de Orunmilá [deus do destino dos homens].”[80]
Curiosamente em Cuba onde não há referência a posse desse atributo por Iemanjá, L. Cabrera consegue resgatar o seguinte mito:
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- "No começo do mundo, os Orixás e homens confabularam contra Iemanjá, que entrava na terra, a varria continuamente com suas ondas e a todos impunha respeito. Olorun disse a Obatalá: 'Vá ver de que acusam Iemanjá.' Eleguá, que ouviu a ordem recebida por Obatalá, disse a Iemanjá: 'Consulte-se com Ifá para que você confunda todos os seus inimigos.' Iemanjá seguiu o conselho de Eleguá, consultou Ifá e este indicou que ela fizesse um ebó (sacrifício) de carneiro. Obatalá chegou a Ilê Ifé, a aldeia dos orixás e dos homens e, enquanto todos falavam, Iemanjá saiu do mar e avançou até o grande Orixá, mostrando-lhe a cabeça do carneiro. Obatalá pensou: 'É a única que tem cabeça!',e confirmou seu poder e grandeza."[40]
Noutra versão, Iemanjá se encontra com Olorun na reunião por ele imposta aos Orixás e lhe presenteia com a cabeça de um carneiro e este ao perceber que ela era a única dos presentes a homenageá-lo diz: "Awoyó Orí dorí e". "Cabeça você traz, cabeça você será". A justificativa do mito seria que Iemanjá é "cabeça que pensa por si mesmo" e a autora não apresenta maiores justificativas para entendermos a simbologia nele expressa, no entanto R. Prandi e A. Vallado justificam esse relato como referência da tutela dos oris por parte de Iemanjá.[29][79] L. Cabrera ao escrever sobre um mito que menciona Iemanjá novamente casada com Aganju evidencia Obatalá como dono das cabeças, atributo que Aganjusem sucesso teria tentado tomar para si.[40]
A. Apter ao explorar o aspecto político de seu culto em Ayede, em especial quanto a descrição do ritual da cabaça realizado pela sua alta sacerdotisa, escreve: "Yemojafrutificando a cabaça representa o útero da maternidade, a cabeça do bom destino, a coroa do rei, a integridade da cidade, mesmo o encerramento cosmológico do céu e da terra",[81] o que não é discrepante com a afirmativa de S. Epega, "(...)no ritual de bori [bo ori - louvar a cabeça], Yemoja sempre é saudada com a cantiga; 'Ori ori ire, Yemoja ori orire, Yemoja' (Cabeça cabeça boa, Yemoja coloca boa sorte na cabeça, Yemoja)", ficando evidente algum aspecto do orixá quanto a cabeça.[80]
Outro atributo ou símbolo muito utilizado e presente na interpretação de Iemanjá é a lua. R. Prandi relata que Iemanjá teria criado a lua para salvar o sol de extinguir-se, ele registra:
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- "Orum, o Sol andava exausto. Desde a criação do mundo ele não tinha dormido nunca. Brilhava sobre a Terra dia e noite. Orum já estava a ponto de exaurir-se, de apagar-se. Com seu brilho eterno, Orum [nb 12] maltratava a Terra. Ele queimava dia após dia. Já quase tudo estava calcinado e os humanos já morriam todos. Os Orixás estavam preocupados e reuniram-se para encontrar uma saída. Foi Iemanjá quem trouxe a solução. Ela guardara sob a saia alguns raios de Sol. Ela projetou sobre a Terra os raios que guardara e mandou que o Sol fosse descansar, para depois brilhar de novo. Os fracos raios de luz formaram um outro astro. O Sol descansaria para recuperar suas forças e enquanto isso reinaria Oxu, a Lua. Sua lua fria refrescaria a Terra e os seres humanos não pereceriam no calor. Assim, graças a Iemanjá, o Sol pode dormir. À noite, as estrelas velam por seu sono, até que a madrugada traga outro dia.( PESQUISA DO WIKIPEDIA)
lindo trabalho, parabens
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